Uma abordagem arquetípica-simbólica do amor Jesus-José

 

 

UMA ABORDAGEM ARQUETÍPICA – SIMBÓLICA

DO AMOR JESUS – JOSÉ

JOEL SALES GIGLIO[1]

RESUMO

Nesta apresentação procuramos abordar e discutir simbolicamente a relação entre a figura de São José e seu filho Jesus.

A figura de Jesus tornou-se um símbolo coletivo para grande parte da humanidade, incluindo-se alguns países do oriente, onde a fé cristã também se disseminou. Sua mãe, Maria, que, do ponto de vista da Psicologia analítica, encarna o arquétipo da grande mãe, o sucedeu em importância nesta curiosa hierarquia simbólica. No entanto, a figura de José, pai de Jesus, se foi por muitos séculos obscura e pouco cultuada no imaginário popular. Somente nos últimos cinco séculos é que ela vem sendo paulatinamente resgatada pela Igreja e pela fé popular.

Encontra-se em José vários atributos do arquétipo do Pai, que discutiremos neste trabalho, dando um destaque especial às suas relações com Jesus, nesse triângulo familiar.

O entendimento mais profundo dos símbolos coletivos tem sido uma contribuição importante da Teoria Psicanalítica, na sua vertente junguiana, o que pode nos fornecer melhores instrumentos para uma compreensão mais ampla das complexas relações entre as diferentes culturas que habitam o planeta, como por exemplo, as tensões entre a fé muçulmana e a tradição cristã, predominante no Ocidente.

 

 

UMA ABORDAGEM ARQUETÍPICO – SIMBÓLICA

DO AMOR JESUS-JOSÉ

 

JOEL SALES GIGLIO

Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Associação Junguiana do Brasil – AJB

Instituto de Psicologia Analítica de Campinas – IPAC

     Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde, Espiritualidade e Religiosidade – LASER

 

Antes de todo começo, havia uma unidade. Esta unidade continha infinitas possibilidades porque era trina. O Um é solitário. O Dois existe sempre como especular do UM – sem o Um, ele não seria o Dois… O Terceiro permite a relação criativa, a dialética, o movimento.

Assim, no começo era UM que era trino.

A Trindade Divina não é, absolutamente, uma idéia judaico-cristã. Nos estágios mais longínquos da história da consciência humana existiam já tríades nas religiões, o que sugere, segundo JUNG[2], que a organização da Divindade em tríades é um Arquétipo que veio, paulatinamente, através da história evolutiva das religiões, a inspirar a Trindade cristã. Existem grandes relações de parentesco entre essas tríades primitivas.

Como exemplo, temos a tríade da Babilônia: Anu (o Sublime, rei dos Anunaki), Bel (Senhor dos céus e da terra) e Ea (o Abismo), onde Ea é a Sabedoria e, ao mesmo tempo, é o pai de Bel. Este, por sua vez, significa a ação, a práxis. É claro aqui o paralelismo entre o Deus Pai e o Deus Filho, no Cristianismo.[3]

Uma trindade posterior é a constituída por Bel, Ea e Marduk. Aqui, Ea continua sendo Pai ─ um pai amoroso, que transfere poder para seu filho. É interessante notar que Marduk, que derrota o monstro Tiamet, atua como um Salvador, faz ressuscitar os mortos e escuta as súplicas dos homens. Aqui também é clara a analogia com a figura do Cristo, na trindade cristã.

Também no Egito desenvolve-se a noção da trindade divina. O Deus Pai é representado por Ka-Mutef, o faraó é o Deus-filho, portanto um deus encarnado, tal como Jesus. E Ka[4], que representa o espírito da vida, o princípio vital, a alma, enfim, o que nos remete à idéia cristã do Espírito Santo.

Também está presente na teologia egípcia a igualdade substancial entre o pai e o filho divinos. Diz o deus-pai em relação ao nascimento da criança divina, manifestação de Horus: “Tu és meu filho carnal, que eu mesmo gerei” (in JUNG, IX, I-3:177).

Nos gregos a trindade parece ter apoio nos filósofos pitagóricos que consideravam o número 3 como perfeito, pois nele aparece, pela primeira vez, um começo, um meio e um fim.

A tríade, segundo o pensamento grego antigo, é uma espécie de conseqüência natural do Um, que gera o Dois (o Outro). A relação dialética entre o Um e o Dois gera o Três, caso contrário o Um permaneceria em estado de indefinição. O Um precisa do Dois para existir e da interação entre ambos surge o Três. Portanto, o Três é conseqüência do processo de desenvolvimento no tempo. Deus (Uno), para se revelar, cria o Dois e o Três.

A imagem geométrica para este equilíbrio entre os três elementos da trindade é o triângulo eqüilátero. Isto tudo nós vamos encontrar bem desenvolvido no Timeu, de Platão, que pode ser considerada a fonte mais importante para as concepções trinitárias do pensamento grego. [5]

Embora a filosofia grega tenha contribuído para a conceituação e evolução teológica do conceito cristão de trindade, outros conceitos lhe foram acrescentados, como, por exemplo, a relativa independência do Espírito do Santo em relação ao Pai e ao Filho. Porém, não vamos nos estender sobre este ponto, pois isto extrapolaria a intenção de nossa fala nesta mesa.

Vamos usar a nomenclatura da teologia Cristã, à qual nossa cultura está mais afeita: Havia o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esta unidade prenhe, triádica, num determinado momento da história humana, encarnou-se em José, Maria e Jesus. Assim podemos entender o arquétipo da Família, de cujo seio nascem novos indivíduos. Este arquétipo já pré existia num lócus atemporal e por hipótese, pertence ao inconsciente transcendente, tal como o entende Van der Winckel[6].

A Sagrada Família, José, Maria e Jesus, representam a unidade fundamental capaz de conter e nutrir o desenvolvimento humano, de ser a base arquetípica a partir da qual acontece a Individuação. Nesta mesma linha de pensamento, Jesus, ao tornar-se o Redentor, representa simbolicamente o sucesso daquela unidade trina primordial. Isto é: Jesus, seu fruto, cumpriu sua jornada até re-unir-se ao divino, completando o seu destino circular, para restabelecer a unidade original, dentro da visão cosmogônica [7]que entende o homem como partícipe da natureza de seu Criador.

O que pretendemos examinar nesta nossa fala é especificamente a relação José-Jesus como uma representação modelar da relação amorosa Pai – Filho, e sua função enquanto imagem arquetípica dentro do processo de individuação, tanto dele próprio, José como pai, quanto de Jesus, como o filho, que se torna o Cristo (= o Salvador).

Quem era José

É bom entender a situação particular de José, na família judia daquela época. Os evangelhos o situam como descendente direto do Rei David, embora ele tivesse a modesta profissão de carpinteiro, talvez não tão modesta assim numa sociedade agrário-manufatureira, mas de qualquer forma não ligado ao poder teocrático dominante. Todos sabemos como era tratada a mulher adúltera nessa sociedade teocrática e de normas e mandamentos tão explícitos, cuja pena era o apedrejamento em público. Ora, José, segundo o relato bíblico, ainda noivo de Maria, fica sabendo que ela está grávida. Não a repudia, e para protegê-la, assume a paternidade da criança e casa-se com ela. Ele deixa que a manifestação sélfica — ser pai de algo maior, perene — sobrepuje a sua persona de cidadão/ marido judeu, quando dá ouvidos ao seu Ego onírico, mediado pelo Anjo que lhe anuncia a inocência de Maria e o destino da criança que está em seu ventre.

De acordo com sua consciência vigil, ele ia pedir o divórcio, ainda que secretamente:

“Por ser José um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente. Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: (…) José, filho de David, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo” (Mateus, 19 -21).

Podemos entender o sonho como uma voz do inconsciente profundo: seu papel não é o de ser simplesmente um pai carnal, mas é o de ir além disso, no exercício de uma paternidade plena e Transcendente. Ele recebe dois anúncios em momentos diferentes: para fugir para o Egito, por causa da ameaça de Herodes, e depois para voltar para a Judéia, após a morte do tirano. Segue ambos, da mesma forma, renunciando a todos os bens materiais aos quais estava ligado naqueles momentos, pois naturalmente já havia se estabelecido profissionalmente e familiarmente no país.

Assim, também ele respeita o caminho de Jesus, exercendo seu papel de pai. Quando Jesus foge para ir ao templo, ao ser encontrado por sua família, José o chama com autoridade de pai, por exemplo, já que Jesus era ainda uma criança. No entanto, nas diferentes circunstâncias relatadas — especialmente nos evangelhos apócrifos —, não aparece, em nenhum momento, interferência de José que crie qualquer obstáculo ao processo que leva Jesus ao seu final profetizado.

João Paulo II, na Exortação Apostólica “Redemptoris Custos”, N. 20, escreveu:

“É certo que a dignidade da Mãe de Deus assenta tão alto, que nada pode haver de mais sublime, mas por isso mesmo que entre a Santíssima Virgem e José foi estreitado o vínculo conjugal, não há dúvida de que ele se aproximou como ninguém dessa altíssima dignidade (…)”

(…) se Deus quis dar José como esposo à virgem, deu-lo não apenas como companheiro na vida, testemunha da sua virgindade e garantia de sua honestidade, mas também para que ele participasse, mediante o pacto conjugal, na sua excelsa grandeza.”

 

Sabemos que a religiosidade popular é um bom termômetro para nos mostrar o espectro significativo que atualiza um arquétipo. Correndo os olhos pelas orações e textos, percebe-se a representação que o imaginário religioso construiu de São José:

– Patrono do celibato – para homens e mulheres – a heraldica é um ramo de lírio, para significar sua pureza.

– Protetor da hora da morte – do último sono, ele que aparece com Jesus dormindo em seu colo…

– Ajudante para venda de propriedades – casas, especialmente, por contiguidade semântica, já que era carpinteiro e sempre encarregou-se de que Jesus estivesse bem abrigado.[8]

– Protetor da Igreja católica romana;

– Por seu ofício, é o padroeiro dos trabalhadores.

– Padroeiro das famílias, pela fidelidade a sua esposa.

– Mediador para alcançar -a bênção da virgem,

-a saúde do corpo,

– a prosperidade.

– Os espíritos malignos estremecem ao ouvir o seu nome.

►      Maria de Agreda[9] obteve por revelação o conhecimento dos poderes de São José mencionados nos quatro últimos itens.

Como se sabe, ele também é padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo. A título de exemplificação da visão de S. José como associado ao serviço de Deus e ao seu papel de pai que ensina e guia os passos do Filho, podemos mencionar a Fraternidade Javé[10] Salvador, de que S. José é o patrono. Esta Fraternidade foi criada dentro do movimento carismático da Igreja Católica, seus membros designam-se como Servos do Salvador e seu princípio básico, de que os outros derivam, é louvar a Deus, “cumprindo assim o mandato de nosso Senhor de em todas as circunstâncias dar graças (I Ts 5,18)”. Dedicam-se a evangelizar, testemunhar e a formar novos sacerdotes.

 

 

A figura de José hoje: a paternidade no mundo contemporâneo

José é uma figura sem falas, mas com mandatos claros, que lhe vêm através de sonhos, e que ele segue com ações prontas e diretas. Como lembra Boff [11]: “Entregou-nos seu silêncio e seu exemplo de homem justo, trabalhador, esposo, pai e educador”.

Estamos diante de um personagem de uma escritura sagrada que representa aquela parte, dentro de cada um de nós, que sabe que tem uma missão e busca cumpri-la. Uma missão de paternidade, cuja característica é prover as condições para que as coisas aconteçam.

Considerando que a família passa por transformações radicais, o papel “paterno” é requerido de todos em diferentes momentos. Não há mais um lugar vitalício e exclusivo para o homem, a mulher, ou para seus filhos. Todos somos chamados, no vendaval das circunstâncias, a ocupar as posições necessárias para que a família mantenha-se, como continente da nossa existência. Uma existência que precisa ser alimentada constantemente, que requer suportes materiais, afetivos e espirituais. Isto hoje se dá ainda dentro de uma família que vem ficando numericamente bastante restrita, o que intensifica as exigências para cada um de seus membros.

O papel de provedor de José é mais amplo ainda. Ele é o que oferece a Jesus uma identidade social e isto é particularmente relevante para as situações concretas de famílias multiparentais que proliferam em nossos dias, com o divórcio, os novos matrimônios, as parcerias, as adoções. Ainda Boff (pág. 183), tratando da possibilidade contemporânea da desvinculação dos termos binômio sexo / procriação:

“O filho / filha que daí procede deve poder ter nome e sobrenome e ser recebido socialmente. A identidade social, nesses casos, é mais importante, antropologicamente, que a identidade biológica, como no caso de Jesus em relação com José. Este, dando-lhe um nome e inserindo-o em sua descendência davídica, garantiu a Jesus identidade social. Ademais, é importante que a criança seja inserida num ambiente familiar para que, em seu processo de individuação, possa realizar (…)”.

Todas as mudanças que a família tem experimentado na história humana mostram que há um núcleo que a define como tal, e que permanece: É o seu caráter relacional, cujo eixo é o afeto, o cuidado mútuo e o desejo de proximidade. Assim, embora distante de nós dois mil anos, a Família de Nazaré ultrapassa a distância temporal e cultural para nos oferecer a imagem arquetípica impregnada de amor, cuidado, e fidelidade entre os três: Jesus, Maria e José.

“(…) os valores e inspirações que deram vida á família de Nazaré continuam a sustentar as relações conjugais, as parcerias humanas e todos os que celebram o sentido da vida na relação de amor e de intimidade. O Deus-Trindade, que penetrou tão profundamente na condição familiar pela trindade de Nazaré, a ponto de aí se personificar, continua assistindo os seres humanos em suas buscas. as formas e os caminhos podem variar; não variam, entretanto, o amor e a comunhão que movem os corações humanos na direção de um ao outro e na direção do grande outro que é a trindade de pessoas, intercambiando eternamente vida, amor e comunhão”.(Idem, pág. 188).

Além da questão das transformações da própria organização da família, que, como dissemos, distribui eventualmente o papel de pai-provedor entre seus outros membros, temos que considerar também os deslocamentos de gênero dentro da sociedade contemporânea, porque “pai” foi tradicionalmente um lugar de autoridade masculina e patriarcal. Este lugar tornou-se instável hoje, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a lógica da produção e do consumo ordenam as relações sociais. As pessoas prestam serviços umas às outras mediante diferentes formas de pagamento, e não há mais um lugar fixo de autoridade.

Neste contexto de perda do “pai” como um representante do Pai Celeste, São José é a figura que pode acordar dentro de cada um de nós os eixos do princípio antropológico do pai, que podemos ativar nas nossas relações, uns para os outros: a determinação, o senso forte do dever, coragem, a autoridade e a explicitação de limites, o trânsito com a sociedade (pela doação do nome, pela formação profissional do filho), a formação espiritual.

O que estamos chamando de princípio do pai é o que permite aos filhos a formação de sua própria identidade, a aquisição de valores de referência adequados à sua cultura.

Portanto, a figura de José tomada como uma representação arquetípica, vivifica em nós condições fundamentais éticas e afetivas para o processo de individuação.

 



[1] Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Associação Junguiana do Brasil – AJB

Instituto de Psicologia Analítica de Campinas – IPAC

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde, Espiritualidade e Religiosidade – LASER

 

[2] JUNG, C. Psicologia da Religião Ocidental e Oriental. Vol. 9: Cap. I – Paralelos Pré-cristãos da Idéia da Trindade.

[3] Jesus, chamado deus de “de Tara” – lugar sagrado das pedras azuis de EA – , na história irlandesa antiga, é conhecido como Iessa, derivado de Ea; a figura é tirada do Livro irlandês de Kells.

Obs: Mais tarde, Igreja transformou EA, o Potei – Don ( Poseison na Atlântida), o Rei de Tara, em Potei, Patti, Patty, ou São Patrício, patrono da Irlanda cristianizada. São Patrício é um herói da igreja que provavelmente resulta de uma fabricação elaborada pelos sacerdotes; em lugar de trazer sabedoria – que era o signo de EA, veio a Tara ( o solo sagrado que posteriormente virou a Irlanda) para confrontar a antiga religião do Portal para o Reino Divino e fazer da Irlanda um centro poderoso do cristianismo.

[4] Os egípcios acreditavam que as pessoas tinham diversas almas. O Ka era a força vital, que ficava no túmulo, extraindo forças das oferendas feitas para o morto. O Ka é representado como um pai de braços erguidos. Ba era a personalidade, podia ir aonde quisesse e assumir qualquer forma, mas em geral é representado como um pássaro com a cabeça humana. É Ba que responde ao julgamento do Além. O Akh (hoje usado entre os esotéricos com o sentido de “renascidos”) era um eminente espírito glorificado que andava com os deuses e com as estrelas (as Imperecíveis). Era representado como Íbis com crista.

 

[5] Em Gr: Triada, Lt: Trindadem; Sanscr: Trimurti. Os três lados do triângulo representam Sabedoria, Força e Beleza, atributos de Deus (Simbolistas); ou Sal, Enxofre e Mercúrio, princípios das obras de Deus (Hermetistas). Os três ângulos representam ainda os três reinos da Natureza: animal, vegetal e mineral e as três fases da revolução perpétua: Nascimento, Vida e Morte.

[6] WINCKEL, Erna Van Del Do inconsciente a Deus. São Paulo: Paulinas.1985.

[7] Idem.

[8] Na religiosidade popular, a receita é enterrar uma imagem de S.José de ponta cabeça no jardim da propriedade que se quer vender.

 

[9] Maria de Agreda foi declarada como Venerável pela Igreja desde 1673 e é autora do Mística Cidade de Deus, que é fruto não de visões (como nos casos de Lourdes ou Fátima), mas de uma vida de contemplação e oração. Seu texto sofreu perseguição durante uma certa época, assim como os de Teresa de Jesus e os de São João da Cruz. A sua obra é um tratado de mariologia, mas não no estilo escolástico, e sim como um “história de salvação”. Informações podem ser encontradas na página oficial: http://www.mariadeagreda.com/

[10] Javé = Yahweh = eu sou aquele que sou.

[11]BOFF, Leonardo (2005) São José – A personificação do Pai. Campinas, SP: Verus.