O Benzimento Cristão: Um estudo arquetípico da arte de benzer
Raul Marques
Orientadora: Dulce Helena Rizzardo Briza.
RESUMO
Este trabalho embasado na fala de Jesus Cristo, que se encontra no Evangelho segundo Marcos, capítulo 16 versículos 17 e 18, nos fala sobre a questão do benzimento cristão, como uma arte arquetípica.
Desde minha infância tenho observado tal fenômeno, comumente utilizado no meio em que vivia. Era recorrente a procura por benzedeiras pelas pessoas, que se curavam de alguma doença física ou emocional.
Diferente da análise junguiana, porém com muitos elementos comuns, na práxis do benzimento tanto o curador quanto o adepto não têm consciência do processo – como e quando pode ocorrer a cura -, porém ambos são afetados por ele.
Através de ritos e símbolos, o temenos – espaço para o sagrado é criado e então se pode estabelecer a relação transferencial entre curador e adepto. O benzedor ou a benzedeira se coloca como instrumento do numinoso, pois para ele(a) é Deus quem cura.
Nesse processo utiliza-se de ritos simples transmitidos por gerações, na tradição oral, na maioria das vezes com orações específicas, utilizando-se como material intermediário de elementos da natureza: água, sal, ramos de plantas, etc; além do uso de ícones de santos, velas, entre outros.
O texto procura chamar atenção sobre a questão da acolhida, que é a característica principal do benzimento, esta possibilita diminuição de ansiedade, facilitando o processo de enantiodromia.
Desde minha infância tenho observado tal fenômeno, comumente utilizado no meio em que vivia. Era recorrente a procura por benzedeiras pelas pessoas, que se curavam de alguma doença física ou emocional.
Diferente da análise junguiana, porém com muitos elementos comuns, na práxis do benzimento tanto o curador quanto o adepto não têm consciência do processo – como e quando pode ocorrer a cura -, porém ambos são afetados por ele.
Através de ritos e símbolos, o temenos – espaço para o sagrado é criado e então se pode estabelecer a relação transferencial entre curador e adepto. O benzedor ou a benzedeira se coloca como instrumento do numinoso, pois para ele(a) é Deus quem cura.
Nesse processo utiliza-se de ritos simples transmitidos por gerações, na tradição oral, na maioria das vezes com orações específicas, utilizando-se como material intermediário de elementos da natureza: água, sal, ramos de plantas, etc; além do uso de ícones de santos, velas, entre outros.
O texto procura chamar atenção sobre a questão da acolhida, que é a característica principal do benzimento, esta possibilita diminuição de ansiedade, facilitando o processo de enantiodromia.
Palavras chave: benzimento, arquétipo, transferência, cura.
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